sábado, 11 de julho de 2009

A importância da Brincadeira Infantil


As crianças sentem uma necessidade fundamental de brincar.

Brincar é a sua aprendizagem do mundo e constitui a base do seu desenvolvimento.


Brincar é um dos pilares da educação. É através das brincadeiras que as crianças se desenvolvem, crescem, socializam, aprendem, partilham e constroem a sua personalidade.

Brincar em grupo permite que a criança aprenda a esperar pela sua vez e interagir de forma organizada, respeitando normas.
   Através da brincadeira, as crianças aprendem a funcionar como indivíduos e descobrem o prazer de fazer as coisas com perfeição. Descobrem o que está no mundo que as cercam e imitam comportamentos observados em seu redor. Estes comportamentos influenciarão a sua aprendizagem e o seu próprio comportamento, que dependerão da maneira como compreendem a realidade.
   Os jogos didáticos, como sopas de letras, quebra cabeças, puzzles e CD’s interativos, ajudam a criança a desenvolver a memória e a aprender a concentrar-se. As canções, os desenhos e filmes infantis, permitem um enriquecimento do vocabulário e desenvolvimento das competências auditivas.

Muito além de simples diversão, os brinquedos e as brincadeiras servem como ensaio de uma vida adulta. Sabendo disso, muitos adultos (geralmente pai e mãe) tentam direcionar as preferências dos filhos, rotulando as brincadeiras de meninas e as brincadeiras de menino, como se não pudesse um menino brincar de bonecas ou uma menina brincar de carrinhos. Mas será que no futuro só as meninas terão filhos e só os meninos dirigirão carros?

A brincadeira escolhida pouco ou nada tem a ver com a futura condição sexual deste sujeito, mas os comentários que se seguirem a esta brincadeira podem ter sérias consequências. Quando os pais rotulam, por exemplo, que pular elástico é brincadeira de menina, estão sentenciando que quem gosta de pular elástico é menina. Bom, o que será que vai pensar o menino que ouve repetidamente esta afirmação e que adora pular elástico com as amiguinhas? Aprender a cuidar de um bebê (brincando com a boneca), aprender a cooperar com os trabalhos domésticos (brincando de casinha) não afeta a futura masculinidade dos meninos. Do mesmo modo, brincar de carrinho, jogar futebol ou empinar pipa não afeta a futura feminilidade das meninas. É o pré-conceito dos adultos que pode marcar por muito tempo a vida de crianças, gerando dúvidas e confusões totalmente desnecessárias.

É importante que todos saibam, adultos e crianças que a brincadeira é uma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromisso, planejamento ou seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer.

O importante é o adulto saber que a brincadeira é transmitida à criança através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração à outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea.

Nos dias atuais, com as moradias cada vez mais apertadas e os adultos envolvidos em seus afazeres, as crianças de classe média não têm um lugar para brincar e não devem atrapalhar o andamento do lar com seus brinquedos.

Não dá para isolar o comportamento lúdico da criança. Ela brinca quando é para brincar e quando os adultos entendem que ela não deveria brincar, acabam por prejudicar um momento prazeroso e criativo dessa crainça.

A ludicidade está sendo estudada como um processo de suma importância no desenvolvimento humano.

A motivação característica dos exercícios é o simples prazer funcional. E suas finalidades, para a criança, são, entre outras:

·      Servir como reforço às habilidades já adquiridas;

·      Imitar aquilo que o outro realiza;

·      Testar suas habilidades ou adquirir novas;

·      Atrair os outros para a atividade que realiza.

 

As atividades da criança estão diretamente relacionadas com a afirmação do seu “eu” e, sendo assim, essa atividade é muito importante em seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Quanto ao conteúdo, podemos dizer que ele traduz os padrões dominantes no meio ao qual estamos inseridos, embora a essa altura do processo de telecomunicações, haja influências de outras culturas chegando com facilidade e rapidez até nós.

Entretanto, o conteúdo do jogo diz muito da motivação intrínseca da criança, seja para resolver conflitos, como pensam muitos psicanalistas, seja para construir um conhecimento que é absorvido pela ação de representar.

Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois brincando aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim com prazer.

Como podemos ajudar a criança brincar ?

À medida que a criança cresce ela vai aprendendo várias brincadeiras, começa a gostar de brincar com outras crianças, e não perde a necessidade e nem o interesse como fazia nos estágios anteriores.

A melhor maneira de a criança aprender a brincar é respeitarmos seu próprio ritmo, ajudá-la e encorajá-la, se necessário. Se a criança possui oportunidade de brincar com outras crianças da mesma idade, a maioria delas aprende; antes do cinco anos, saberá dividir, compartilhar e conviver bem em grupos. Devemos proporcionar à criança muitas oportunidades de atravessar os diversos estágios de aprendizado. Além disso, é importante se ter idéia do que fazer durante as atividades das crianças, para tornar as coisas mais fáceis para todas elas.

Os adultos podem, dessa maneira, cumprir várias funções:

•Dar apoio;

•Escolher o momento certo para ajudar a criança a se retirar da brincadeira, quando sentir que ela está insegura.

•Assegurar sempre que a criança esteja pronta para novas experiências, deixando que ela se manifeste.

•Dar idéias: sugerir novas atividades, e estar sempre preparado a ter idéias rejeitadas, quando as crianças ficarem determinadas e seguirem outro rumo.

•Estimular conversas: às vezes a conversa decorre naturalmente da brincadeira, desviando a atenção da criança do aqui e agora.

•Atuar como juiz: avaliar situações intervir, para resolver atritos ou evitá-los, sem tomar partido e sim para evitar as agressões.

•Partiipar da brincadeira: aceitar qualquer papel que lhe seja atribuído.

•Ajudar uma criança em dificuldades quando alguma tarefa está além das suas capacidades.

Nunca devemos esquecer que brincar é altamente importante na vida da criança, primeiro por ser uma atividade na qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolve suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais. Brincar sempre será bom e fará bem ! Afinal, depois que nos tornamos adultos, nós voltamos a brincadeira com nossos filhos e depois nossos netos. A vida é uma grande diversão!! Divirtar-se e seja feliz!!! 

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Eu quero " Nada" !!!


Depois que tive o Yan, eu ganhei um novo vício...chocolate!!
Eu sei, eu sei...por isso, é que não emagreço!!! Eu sei!!!!
Mas  " eita" vício bommmmm...
No domingo, eu e Yan estavamos brincando no tapete da sala de carrinho, quando ele cansou e resolveu deitar no sofá e aí veio o pedido de praxe:
"-mamãeeeee...que quero leitinho!!"
Levantei e fui até a cozinha preparar o nescau do rapaz e nessa hora...hummm me bateu aquela vontade de comer um pedaço de chocolate!! Mordi um pedaço bem pequeno e como já estava quase na hora do lanche do Yan, eu fui pra sala mastigando rapidamente o chocolate pra que ele não percebesse.
Doce ilusão!!! Ao chegar perto do sofá e entregar a mamadeira de leitinho, ele me olhou com um sorriso maroto e perguntou:
" - O que vc está comendo, mamãe?"
Hummm que roubada, pensei e agora? Respondi:
- Nada!! Não estou comendo nada...
Ele me olhou sorrindo e mandou a letra:
- Nada? Mamãe, eu quero Nada!!!
Cai na gargalhada!!! Ele pulou em cima de mim, rindo e pedindo-me:
- Eu quero nada, eu quero nada, eu quero nada!!!
Pensei: nada é bom demais!!!
Dei lhe um abraço e um beijo na barriga, gordinha. Enquanto ele berrava, rindo:
- Eu quero Nadaaaaa, eu quero Nadaaaaa!!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

1 aninho do Yan (12/11/07)

http://www.youtube.com/watch?v=sxgL_SegdJw

Quando o Yan fez um aninho, foi o "nosso" primeiro ano!!!
Por todas as razões já conhecidas e possíveis, essa comemoração foi de todos!!!
Foi o primeiro ano do resto de nossas vidas!!!
É o recomeço...
é uma nova etapa...
uma nova ...vida!!!
Esse vídeo foi feito por nós...para todos vocês, amigos, parentes e companheiros de estrada!!
Obrigada e beijos no coração de todos,
Pat.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pérolas do Yan III


Cada dia que passa, o Yan me surpreende de forma assustadora!
Um dia desses ia saindo de carro para deixá-lo na escolinha e depois seguir para a Veiga, o Yan estava  na sua cadeirinha presa no banco de trás e eu dirigindo, ainda, dentro do condomínio quando me lembrei que tinha que ligar para uma amiga e desmarcar o nosso almoço. Dirigindo a 30km e não mais do que isso, eu peguei meu celular e comecei a discar o número dessa amiga, quando o Yan, subitamente, aos berros me chamou a atenção:
"- Não!! Não, mamãe!! Pare e coloca a mão lá..." . 
Ele apontava, desesperadamente, para o volante. Eu levei o maior susto. Fechei o celular e olhei para seus olhos arregalados e perguntei-lhe: 
" - Aonde filho? Aqui?!"
Coloquei minhas mãos no volante. Ele fez sinal de positivo com a cabeça e emendou:
" - Põe o telefone ali!! Anda...mamãe!!!" e apontou, por fim, para o espaço do painel destinado para guardar o celular.
...é pensei eu com meus humildes botões, " eu estou ferrada!! Esse menino tem só 2 anos e 8 meses e já está querendo me educar..."

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pérolas do Yan II


Sábado à noite, eu estava exausta!! Havia ficado o dia inteiro assistindo uma aula chatérrima da Pós e resolvi sentar no sofá, ao lado do Yan. Ficamos, juntos, assistindo os minutos finais do jogo do Flamengo X Vitória. Pra variar...jogo sofrido, difícil de ver e torcer!!!!
Placar empatado, quando o Flamengo faz 2X1...GOLLLLLLL!!!!! Gritei para o Yan. E para incentivá-lo a ser mais um " sofredor" , comecei a cantar: " O Yan é mengão!! O Yan é mengão!!"
Ele parou. Olhou seriamente para mim e falou: 
"- Não mamãe!! Não!! O Yan não é mengão!!"
Meu coração gelou!! Pensei..."ai caramba!! Esse menino vai me falar que é vasco?Fogão???Não, não, não é possível!!" 
Mantive a calma e perguntei-lhe morrendo de medo da resposta:
"-não filho? O Yan não é mengão? Então o ¥an é o quê?"
Ele com a carinha mais doce do mundo e com o olhos brilhando respondeu:
" - O Yan é o Batman!!!"
Ufaaaaaaa!!! Respirei aliviada!!!!!

O que é dislexia? Como tratá-la?

A dislexia é um dos principais problemas de aprendizagem que as crianças podem apresentar logo após a fase inicial de alfabetização, nos três primeiros anos do Ensino Fundamental. Se não for devidamente cuidada, permanecerá prejudicando cada vez mais o desenvolvimento acadêmico.É caracterizada pela enorme dificuldade em superar as fases iniciais do aprendizado de leitura e escrita, de modo que a criança passa gradativamente a não acompanhar as novas conquistas escolares de seus colegas de classe, apesar de ser inteligente, não ter problemas sensoriais ou perceptuais, ter maturidade adequada à idade cronológica e ter recebido escolarização de qualidade similar a de seus pares.Estudos científicos recentes realizados em diferentes países comprovam que a dislexia tem origem congênita e íntima relação com algumas áreas específicas do córtex cerebral humano, as quais são responsáveis pela capacidade da aprendizagem da fala, da leitura e da escrita.Os sintomas mais aparentes da dislexia se revelam na leitura e na escrita, onde se verificam troca de letras, inversões, omissões, fragmentação de palavras, além de caligrafia bastante irregular, com muitos erros ortográficos. Frequentemente, os disléxicos leem em voz alta de forma entrecortada, trocam o final de algumas palavras e não compreendem o que estão lendo. Mostram-se distraídos e cansados com facilidade durante as atividades escolares, pois o esforço que fazem para ler e escrever é tanto, que não lhes permite manter a concentração na tarefa pelo mesmo tempo que seus colegas de classe. Como demoram muito para fazer suas lições e avaliações, acabam por precisar de mais tempo para essas atividades. Saem-se muito melhor em provas orais do que nas escritas.Como um transtorno de aprendizagem, a dislexia afeta o comportamento de seus portadores, o que os leva a ser muitas vezes negligentes, desinteressados, distraídos, irreverentes, incapazes e, por isso, não é raro serem vítimas de brincadeiras. Assim, desenvolvem um autoconceito muito baixo, o que os deixa realmente desmotivados, depressivos e com comportamentos regressivos frequentes (enurese noturna, por exemplo) e, ainda, com problemas de origem psicossomática (como insônia).Tudo isso acaba levando, por si só, a um baixo rendimento escolar, que unido às reais dificuldades de leitura, compreensão e escrita nas diferentes áreas do saber, gera condições cada vez menos propícias à aprendizagem, à socialização e prejudica desde cedo as possibilidades de bom desempenho na vida profissional.Tais sintomas acarretam um rendimento escolar abaixo da capacidade da criança e um sentimento de baixa autoestima, que leva à frustração, ao desânimo, à perda de motivação e do interesse pelos estudos, além de problemas de relacionamento social, depressões, entre outros.Disléxicos também podem ser crianças criativas, curiosas e intuitivas. Dificilmente controlam a passagem do tempo, têm dificuldade para aprender a ler as horas, fazer troco com dinheiro, amarrar os cordões de seus tênis, entender sequências. Memorizar a tabuada é um desafio enorme e precisa de apoio visual para aprender por muito mais tempo que seus iguais.A grande dificuldade em se detectar a presença da dislexia consiste no fato de seus sintomas se apresentarem em diferentes graus e intensidade. Por isso, se há alguma suspeita de que a criança pode ser disléxica é importante que ela seja submetida o mais precocemente possível a um diagnóstico psicopedagógico e neurológico. Só assim será possível orientar a família e a escola, além de intervir de modo individual e eficaz nesses sintomas, para ajudar a criança disléxica a vencer suas dificuldades escolares.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Perdas e Ganhos - Matéria da Revista Mente & cérebro


"Perdas e ganhos
Somente após entender a natureza e os padrões do afeto é possível compreender o luto; por outro lado, as perdas podem ensinar sobre a natureza dos sentimentos. É com esse pensamento – que parece antagônico – que se baseia o psiquiatra Colin Murray Parkes para escrever Amor e perda – as raízes do luto e suas complicações, lançado pela Summus Editorial. Especialista em luto, o autor aborda as influências positivas e negativas geradas pelo apego em diferentes situações, como é o caso, por exemplo, de filhos de pais separados – que, em alguns casos, podem se tornar mais resistentes a traumas na fase adulta por terem vivido uma experiência difícil na infância. Parkes estuda outras adversidades como a perda dos pais na vida adulta, a de um filho, a privação materna na infância e a de um cônjuge ou parceiro. “É a transitoriedade da vida que engrandece o amor. Quanto maior o risco, mais forte se torna o vínculo. Para a maioria de nós, o fato de que um dia perderemos quem amamos, e eles a nós, nos aproxima, mas se torna um sino silencioso que nos desperta no meio da noite”, afirma. O autor ilustra a obra com citações e em um dos textos usa um trecho de Luto e melancolia (1917), um clássico de Freud: “A perda de um objeto amado constitui excelente oportunidade para que a ambivalência nas relações amorosas se faça efetiva e manifesta. Como conseqüência, quando existe uma disposição para a neurose obsessiva, o conflito devido à ambivalência empresta um cunho patológico ao luto, forçando-o a se expressar sob forma de auto-recriminação, no sentido de que a própria pessoa enlutada é culpada pela perda do objeto amado, isto é, a desejou”.
Amor e perda – as raízes do luto e suas complicações. Colin Murray Parkes. Summus, 2009. 448 págs. R$ 76,90. (Divulgação)"


Identificação? É pouco...concordo com a "culpa", a auto- recriminação, com a exigência exarcebada, mas não com o desejo!! Não cabe, no meu caso, o "desejo"pela perda do objeto amado e sim a não aceitação, a culpa por achar que poderia ter feito mais, ter feito algo que pudesse ter alterado a história, como se fosse uma super mulher...loucura total!!!

Eu sei, eu sei...isso que dá estudar psicologia e psicanálise!!! Já sei meu diagnóstico...fazer o quê?? Eu sei que sou neurótica obsessiva!! Mas calma...melhor do que ser psicótica e perversa, tá!!!! Aliás...somos todos, no mínimo, neuróticos!!! Você também!! E considere isso um elogio com mistura de alívio!!! rsrsrsrsr

domingo, 5 de julho de 2009

Seja a måe que puder...sem culpas!!!




O tempo da Amélia definitivamente já se foi e a figura da executiva workaholic não atrai todas as mulheres e nem é um desejo “ saudável”, pelo contrario. O caminho trilhado hoje pelo sexo feminino está bem no meio desses dois mundos.


Vivemos na corda bamba!!


A mulher moderna tenta ser uma boa mãe, enquanto se desdobra para não deixar de cumprir seus diversos outros papéis na sociedade: amante, profissional, amiga, filha, irmã, esportista, líder comunitária e por aí vai.


O problema é que esse acúmulo de tarefas que a maioria das mulheres hoje faz questão de assumir tem provocado um sentimento frequente de insatisfação e culpa quando o assunto é a maternidade. Segundo especialistas, por mais que uma mulher se desdobre, ela tem sempre a sensação de não ser a supermãe que todos esperam. Mas, sera que temos que SER uma supermãe? Uma super mulher? Quem nos impõe esse lugar?? Nós !!! É isso mesmo, nós!!


Isso ocorre, porque, apesar de toda a revolução sexual e dos direitos femininos conquistados, a mulherada ainda carrega no inconsciente conceitos e tradições passadas de geração para geração. E essa herança interfere, sem que muitas percebam, na hora de educar e cuidar dos filhos.


Assim, mesmo as mamães mais moderninhas, em algum momento, precisarão lidar com a máxima "Ser mãe é padecer no paraíso". E aí, de duas, uma: ou ela recusa aceitar essa condição, mas vive com a sensação de ser a pior mãe do mundo. Ou faz sacrifícios em nome da família e vive insatisfeita por ficar sempre em segundo plano. Será que não é possível um meio termo? Um equilíbrio nessa relação?


A boa notícia é que algumas instituições, grupos de ajuda e até mesmo séries de TV já notaram os novos anseios femininos e têm ajudado as mães dessa geração a tentar aliviar o peso na consciência e fazer o máximo que podem, sem traumas.


A série Mothern, exibida no canal pago GNT, por exemplo, chamou a atenção das mulheres justamente por retratar a realidade da relação entre mães e filhos hoje em dia. Os dilemas enfrentados pelas mães do seriado mostraram que não existe a perfeição - só mesmo em comerciais de margarina.


Em São Paulo, o trabalho do Instituto Mãe Pessoa vai além. Por meio de workshops, psicólogas promovem discussões para que a mulher resgate sua identidade (afinal, ela não é só mãe. Também tem vontades, desejos, prioridades) e recupere a auto-estima.


O que esses trabalhos têm em comum é derrubar tabus e mitos que ainda envolvem a maternidade e encontrar um novo jeito de ser mãe que se adapte muito melhor ao novo estilo de vida da sociedade. Segundo as especialistas, as mulheres dessa geração serão responsáveis por criar um novo exemplo de mãe.


A seguir, a psicóloga Sheila Skitnevshy-Finger, sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa, e Magdalena Ramos, psicóloga, terapeuta de casais e família e co-autora do livro E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos, dão alguns conselhos essenciais para quem já é mãe ou pretende ser .


Faça o possível


Pode parecer óbvio - e realmente é. Mas muitas mães se esquecem que são humanas e acreditam que vão dar conta de mil coisas ao mesmo tempo. "A mulher precisa abandonar o imperativo de que tem que fazer tudo e de forma perfeita", afirma Sheila.


Priorize a qualidade


Não é porque nossas avós ficavam o dia todo em casa que necessariamente seus filhos eram os seres que mais recebiam atenção no mundo. "Não adianta estar ao lado e não olhar nos olhos, não se entregar", explica a fundadora do Instituto Mãe Pessoa. A psicóloga Magdalena Ramos indica uma saída prática para as mães que têm uma longa rotina de trabalho. "Ao chegar em casa, se dedique integralmente a seu filho até que ele pegue no sono. Só depois volte para suas atividades corriqueiras".


"Enxugue" suas atividades


"Ninguém dimensiona o que é ter um filho, pois não há algo comparável na vida de uma pessoa. Este é um grande projeto e que, portanto, requer tempo e dedicação." A partir dessa definição, Magdalena propõe que todas as atividades "secundárias" sejam eliminadas da rotina da mãe até a criança ter, pelo menos, três anos. "Não programe grandes viagens, deixe a pós-graduação para depois. Enxugue suas atividades para se dedicar a seu filho", aconselha.


Cuide de você


É fundamental ter um momento só para você. E, segundo Sheila, isso não é uma medida egocêntrica, mas sim educacional. "Se a mulher passar do seu limite e não estiver bem, ela não conseguirá cuidar do outro. Além do mais, ela se torna um bom modelo para os filhos ao mostrar a importância dos cuidados com o próprio corpo e espírito", esclarece.


Diminua o ritmo de trabalho


Se todas as mães pudessem se dar ao luxo de uma "parada técnica" no meio da carreira para se entregar às exigências da maternidade, seria ótimo. No entanto, isso não é realidade para a maioria e nem indicado pelas especialistas. "Deixar totalmente a profissão de lado é ruim, pois um dia a criança cresce e a mulher não consegue mais recuperar os anos perdidos fora do mercado de trabalho", alerta Magdalena.


E a terapeuta é muita clara ao dizer que para quem trabalha num lugar que "tira o sangue dos funcionários", não cabe um filho na rotina. "É preciso o mínimo de planejamento para que depois a mãe não se descabele", define bem-humorada. A saída, portanto, é verificar com sua empresa se é possível trabalhar algumas horas de casa ou como autônoma.


Dublê de mãe


Como já estamos cansadas de saber, os cuidados do bebê nem sempre são exclusivos da mãe. Seja uma babá, a avó, berçário ou o que seja, é preciso de uma forcinha para olhar do pequeno. E, para Magdalena Ramos é primordial escolher alguém de confiança e essa decisão deve ser tomada exclusivamente pela mãe. "A mulher precisa ficar o mais confortável possível nos momentos que estiver longe do seu filho e isso só acontece se ela tiver certeza de que ele está sendo bem cuidado", explica. E, ainda de acordo com a terapeuta, não adianta recorrer a uma saída mais conveniente - por exemplo deixar a criança com algum parente - se a mãe não tiver uma boa relação com essa pessoa.


Sheila destaca que a mulher precisa estar consciente de que se ela trabalha fora de casa, não acompanhará de perto o crescimento do seu filho e que ele irá desenvolver um vínculo amoroso com outra pessoa. Por isso, se faz necessário uma escolha pra lá de caprichada.


Estimule a participação do pai


Tudo bem que alguns camaradas realmente não contribuem. Mas as coisas já estão um pouco melhores na nossa geração e os pais fazem questão de participar. No entanto, algumas mães - superprotetoras - acreditam que só elas são capazes de cuidar do bebê. "Você troca a frauda do jeito errado", "Não brinque com ele desse jeito, senão pode machucá-lo". Frases desses tipos podem, segundo Sheila, roubar do homem a possibilidade de ser pai.


E caso o pai não esteja presente durante a criação do pequeno - o que é algo recorrendo hoje em dia -, a mulher precisa ampliar sua rede de relacionamento para que outras pessoas sirvam de exemplo para a criança. De acordo com a fundadora do Mãe Pessoa, essa postura também é importante para que a mulher não fique apenas numa relação fechada e exclusiva entre mãe e filho.


Serviço:


Magdalena Ramos - psicóloga terapeuta de casais e família, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e co-autora do livro E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos


Sheila Skitnevshy-Finger - psicóloga e sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa


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Eu vivi esses dois momentos, um de trabalhar feito louca, num lugar muito estressante e não ver o meu filho sentar, engatinhar, caminhar e falar as primeiras palavras, pois ficava numa creche 9 horas por dia. Mas os finais de semana eram só dele, exclusividade total!!!


Já com meu Segundo filho, eu vivi o primeiro ano só pra ele. Vi ele fazer tudo que o primeiro eu não pude acompanhar. Fiz com o meu segundo filho passeios, brincadeiras e pude desfrutar momentos maravilhosos. Hoje, ele estuda e eu refiz minha vida. Dedico-me a outra profissão, estudos e me cuido e cuido da minha família. Abri mão de algo? Sim!! Da loucura de trabalhar 12 horas num lugar extremamente difícil e que a palavra "mãe", não...cabia. Valeu a pena? Claro!! Não me arrependo de nada e faria tudo novamente!!! A vida é feita de escolhas e ao escolher ser mãe, essa escolha passou a ser prioridade em minha vida. De forma equilibrada e saudável, hoje, eu consigo ser mãe, esposa, filha, irmã, amiga, estudante, dona de casa…sem neuras de tentar ser super mulher!!!